terça-feira, 18 de novembro de 2008

COMPOSIÇÃO 01 ANA

Primeira composição –
A PaRTIR DA EXPERIENCIA na mostra sesc com a intervenção das portas nas Ruas:
criar uma composição que tenha
pelo menos um depoimento
musica
Papeizinhos dos depoimentos
Relação espacial clara

mmm...

Musica- associo com canto. Lembro de um canto da sala que num improviso chamou-me
(e lah vejo algo inspirador ainda a desenvolver)
Em cada canto um lamento. No lamento. Por eu estar num instante dolorido, desconcentrada, na vida, eu lamentava. Profundamente.

Como não cair no melodrama, q seria fácil fácil ....
Como criar neste estado?
Sendo ele, e podendo sair dele.
Ele existe, de fato existe. Naquele dia o sentia.
Imagem –ação:
Em cada canto literalmente um lamento e de um canto pro outro, a escolha, leve, bem humorada. Sorriso de cça q faz arte.AQUI O ESTADO me governava a ação.

Na parede colada esta frase escrita na intervenção:
AS PESSOAS PAdECE POR POUCO CONHESIMENTO

Um transito entre o de fato sentir, expressar um Ai de mim de tragédia e saltar para o aqui agora como cça que escolhe ou eh chamada por outro brinquedo. E vai correndo feliz.
E neles ( cantos) varias pessoas pipocando fazendo a mesma ação, com tranferencia de um canto ao outro em sincronia, e olhar cúmplice de jogo)
Então Manu, entrava comigo, representando as pessoas.

o som do lamento forte ( um uivo quase, um ái daqueles q vêem do ventre),
Com a entrada de manu, passavam agora a serem ditas as respostas das tantas pessoas que deram seus depoimentos na rua.
Sons
Um marulho de frases
( palavras contidas nos sons – palavras estas escritas pelas pessoas durante as intervenções. Uma manta de sons lamentos.
Importantes manontroppo.
Daí
Quebra –

MANU( representando uma mulher que encontrei no viaduto do cha)

Ela- O que é isso ??
Eu -uma brincadeira
Ela- que brincadeira eh essa eu vou aí te bater.
Eu -Não!
Ela- Vou sim

Então eu quebra este ‘ teatro’ e ai la na frente perto da platéia
E contava simples:
Isso aconteceu no viaduto do chá, uma mulher baixinha, falou pra mim que ia me pegar....
Contei o episódio
Eu disse que não ! e fiquei pronta pra tudo mas ao mesmo tempo que tinha ‘ medo’ me dava vontade de rir, e sorria de fato, mas pronta pra fugir se fosse necessário! Ela estava pronta pra sair correndo !
Eu disse q era uma brincadeira, e ela se aproximou.
Pra que isso perguntou
Eu disse a ela que a gente se interessa pelas opiniões das pessoas
A gente gosta de saber o que as pessoas sentem. Que fizemos e fazemos em lugares muito diferentes. Ela se interessou, sorriu.
Perguntei que porta ela quer abrir
A PORTA DA SAUDE DO MEU FILHO
Olhei para ele e o cumprimentei distante
Ela disse ele não fala fia !
Eu: ELE não fala mas ouve.
Ela : OUVE !!!!! e riu.
Sorriu e disse , ce acha que eu ia te bater. Olhei com cara de, constatação das tantas possibilidades e perceber que o limite entre o que seria ‘normal’e o absurdo, eu disse:
olha onde a gente está ! me conta pq não !
deu risada e falou:
Amiga ! Bateu na mão como cumprimento de amigo adolescente.
Poucos dentes na boca, com LINDO OLHAR DE CRIANÇA, DIZ
Eu também sou artista. Pra viver precisa ser artista;
MEU PALCO EH OUTRO
EU, SOZINHA, COM 3 FILHOS.






A quebra para a narração de uma historia real:
De onde:
...........senti. q oq me chamava era um encontro dos tantos q houveram durante as intervenções da porta, pela mostra sesc.
- Um encontro que me marcou pela surpresa, pelas infinitas possibilidades que um encontro que de fato real contem. Ali havia jogo. Ambas em cena. Mas não no alarde, nem no chamar atenção mas na relação tudo podia. Ela mais ou tão presente qto eu.
O fio entre nós, e só nós ( mesmo no meio da muvuca 16hs talvez em dia de semana viaduto do chá, silenciou-se o resto, na lembrança esta assim registrado em mim).
O fio estava teso, esticado, vivo.
Lembro do instante com vida. Risco. Olho no olho e ela pela atitude me possibilitou passear entre o absurdo e a ‘normalidade’, entre a intimidade e loucura ou desconexão. Houve encontro, dramaturgia, transformação, afeto, depoimentos, troca de experiências de vida. Nos conhecemos um pouco. Conversamos. O encontro valeu.
Então peguei este instante e em quebra à construção anterior contei-o às meninas – platéia.

Está claro ou é preciso q eu retome este ponto !!! ? cacacaaaaaaaa

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